O dia seguinte
Centro Ciclista vs SC Montezelo
Montezelo arranca na Liga de Gondomar
O SC Montezelo deslocou-se ao Municipal de Valbom para defrontar o Centro Ciclista de Gondomar, de onde acabou por sair derrotado por 3-0. Um resultado muito enganador, tendo em conta que a formação rubro-negra disputou o jogo taco-a-taco!
O Montezelo iniciou o jogo com: Fábio; Zé Mário, Soares, Vasco e Tino; Mesquita, Damião e Rico; Júnior, Rúben e Carlos.
Com uma equipa ainda em construção, Vilhena optou por fazer algumas estreias, como a de Fábio na baliza, Vasco a defesa central e Rúben a extremo. Tendo todos estado em bom plano geral.
Fábio, apesar de sofrer 3 golos, mostrou-se aos adeptos fora com algumas intervenções de alto nível. Na lateral direita, Zé Mário voltou a mostrar que a idade não conta, com cortes primordiais e ainda uma arrancada pela direita que só falhou pelo remate. André Soares e Vasco a centrais, foram as opções. Parece que André cimenta a posição, deixando de vez a lateral direita e Vasco tenta agarrar o lugar, uma vez que o Capitão Cardoso estará de fora alguns jogos. Tino, à esquerda, mostrou alguns pormenores técnicos, mas sempre sem se aventurar muito pela ala. A nível global a defesa não esteve mal, apesar de se notar ainda uma normal falta de entrosamento e uma ligeira descoordenação na altura de subir, ajustes a serem feitos durante a semana. Exige-se mais velocidade na hora de sair a jogar.
No meio campo, Mesquita mostrou-se ao nível que nos habituou, com passes e lances ganhos no ar, muitas vezes a sobrar para Damião que prima pela qualidade técnica perfumando um jogo combativo, desdobrando-se para preencher o meio-campo. Já Rico, ainda à procura da melhor forma, mostra qualidade no passe, abrindo o jogo ora à direita, ora à esquerda, lançando os extremos Júnior e Ruben. A contrapor com Zé Mário, Rúben com apenas 16 anos, mostrou uma velocidade incrível a rasgar pela ala esquerda, onde Júnior, na direita, esteva mais reservado, acabando por sair ao intervalo. Na frente Carlos multiplica-se em 3 para fechar as alas da equipa. Sem dúvida uma capacidade física invejável, com 90 minutos a correr. Pede-se maior apoio ao avançado.
Depois da paragem, Ângelo aparece na equipa para preencher o miolo, ficando Júnior de fora e passando Damião para a ala. Mostrou uma capacidade de jogo acima da média, apesar de por vezes displicente, adiciona qualidade à equipa, empurrando-a para a frente.
Aqui se parte a equipa, com o Montezelo a querer crescer e o meio-campo a subir, por vezes a defesa não acompanhou, criando um fosso entre o meio campo, o que fez com que o Centro Ciclista ganhasse algum espaço. Lopes, o treinador do adversário apercebeu-se claramente disso e insistiu nessa fragilidade, acabando por chegar ao 2-0, já com Pedro Seixas em campo, a entrar para o lugar de Rico, passando Damião outra vez para o meio, e Pedro Seixas para a sua posição de extremo, que até ao fim do jogo, lutou sempre, equilibrando a equipa no momento defensivo. Um jogador experiente e maduro que certamente acrescentará qualidade à equipa, como foi de notar nos 30 minutos que esteve em campo.
Já a perder, a 10 minutos do fim, Vilhena lança ainda Sousa para extremo esquerdo, tirando Rico e voltando Damião à posição 8, Silva para o lugar de Ruben e Borda d’Agua para o lugar de Vasco. Apesar de terem mostrado garra e disputarem todas as bolas no limite, não conseguiram virar o resultado e no compromisso de subir a equipa, um livre nos minutos finais acaba por dar o 3º golo aos Ciclistas.
Um bom ensaio para as duas equipas, com muito a retirar por parte dos treinadores. Como diz o povo “o primeiro milho é para os pardais” e são mesmo assim os primeiros jogos. Apesar de ter faltado, por vezes, mais “ganas” aos rubro-negros, os 3 golos sofridos nada dizem do jogo, que foi disputado “mano-a-mano”. De referir ainda a brilhante atuação da equipa de arbitragem.
Força Montezelo!